importante
O que nos torna importantes? O momento da chegada de alguém nas nossas vidas muda completamente a importância daquela pessoa. Pequenas coincidências são suficientes para alterar completamente a relevância de uma nova relação.
Não há nada de especial. Num encontro qualquer, um show qualquer, uma pessoa qualquer. Mas e se essa pessoa vier logo depois de alguém muito importante? Tudo é importante quando é a primeira vez.
Mesmo que não tivéssemos o que tivemos, sempre terei o conforto e a relevância de ter sido a primeira. A primeira relação desimportante depois de uma relação muito importante, também tem sua relevância. O primeiro beijo depois de 7 anos do mesmo beijo, é importante.
Eu nunca tive uma relação desimportante antes, isso é muito importante.
Essa palavra já perdeu sentido há algum tempo, mas ainda sinto que é precisa.
Se por uma grande coincidência e acaso do destino eu conheci alguém sem saber que aquela pessoa mudaria o rumo da minha vida toda, um novo começo parece extremamente importante. Da última vez que saí com alguém despretensiosamente, só me libertei de seu feitiço 7 anos depois. Isso dá medo.
Claramente não sou boa em calcular a profundidade do corpo d’água antes de mergulhar de cabeça. Agora então encaro um novo dilema: se não sei até onde vai a escuridão, mergulho como antes ou entro devagar? Quem sou eu afinal?
Não sou de me iludir, porque não me importo com resultados. Gosto de expressar mais do que sentir e gosto do medo que as paixões me trazem. Ainda assim não consigo ver quem é importante. Para mim é muito fácil, eu sou importante.
Nunca precisei tomar decisões, elas sempre acontecem e eu nunca me importo com os resultados. Mas quero saber quem sou eu? O que eu quero?
Eu não me importo de perder uma pessoa qualquer, já perdi alguém importante. Mas será que quero perder a primeira pessoa qualquer?
Só de ser primeiro ele é importante.
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