maçã

 O que seria a escrita se não sempre um diário?

Vejo no ato um constante desabafo

Me pego questionando se tudo não é pessoal

O íntimo que sai de mim e passa para ninguém


Se tudo que escrevo sai de mim, tudo é um diário

Qualquer meio de comunicação não passa de um confidente

Quando se lê não se vê forma nem estilo

Por que precisaria então para escrever?


Tenho visto que somos comuns

Todos amam da mesma forma, todos sentem as mesmas dores

No fundo a vida não passe de uma grande intimidade compartilhada

Sabemos que todos têm um coração partido, uma rivalidade qualquer


Mais do que tudo compartilhamos a dor do segredo

A vergonha que vem com a ideia de se fechar

O pudor não toca apenas nosso corpo

Carregamos o inferno de nos esconder

De pares que sabemos sentir o mesmo


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